Com ruído, mas sem um norte
Título | Com ruído, mas sem um norte
Fonte | Revista Construção Mercado Pini SP, Edição Out/2015
Autores | Tatiane Mouradian e Gustavo Coltri
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Falta de mapas acústicos disponibilizados pelo poder público cria insegurança jurídica; cenário não deve mudar no curto prazo
A NBR 15.575 colocou o desempenho acústico no centro das preocupações das incorporadoras, e os mapeamentos de ruído passaram a ser mais demandados pelo mercado no entorno de terrenos edificáveis. Embora as pesquisas sobre paisagem acústica sejam importantes elementos para a gestão sonora das cidades, ainda há poucas ações das prefeituras no sentido de oferecer cartas acústicas, e aquelas em andamento são ainda incipientes. As iniciativas dos empreendedores, no entanto, não garantem a eles segurança jurídica.
‘Se eu, isoladamente, contratar um consultor, ele terá que fazer um relatório tecnicamente muito bem respaldado, e ainda corro o risco de dizerem que medi o ruído no horário que me favorecia. Você sempre pode ser questionado em algo unilateral. Quando há uma medição oficial, por mais que ela não seja perfeita, é oficial, então ninguém questiona’, diz Fabio Villas-Bôas, integrante do Comitê de Tecnologia e Qualidade do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e coordenador da comissão de estudos de revisão da NBR 15.575/2013.
A Rossi Residencial costuma homologar três empresas especializadas na realização de mapas acústicos quando está projetando edifícios e registra em cartório os laudos com níveis de ruído apurados, de acordo com Marcelo Nogueira, gerente de qualidade na empresa. Os estudos também têm, evidentemente, importância prática: ‘Eles auxiliam no dimensionamento da fachada em suas diversas faces e nos pavimentos. Em determinados casos, a rotação da torre ou a mudança de posição do caixilho auxiliam na melhoria do conforto acústico dos dormitórios’.