Comitê da ProAcústica avalia os ganhos sociais com a norma para ambientes internos
Para a entidade, a revisão e elaboração de um projeto de norma representa uma conquista. Para o usuário, o ganho está no controle da poluição sonora.
Para o Comitê Acústica Ambiental, o principal avanço na discussão do projeto de revisão da norma ABNT NBR 10152 sobre os níveis de pressão sonora em ambientes internos e edificações é a atualização. “Já temos uma versão cujo projeto está em votação, que pode substituir a norma de 1987”, explica Marcos Holtz, coordenador do comitê da ProAcústica. “Nesses quase trinta anos, o mundo mudou. Um exemplo são as normas para salas de computador que, hoje, não produzem mais tanto ruído como no passado.” Outro avanço se refere ao conceito de nível sonoro máximo capaz de interferir no sono.
Holtz chamou a atenção para outro ganho provável com a atualização da norma. Os procedimentos de medição ficaram mais bem definidos. “O objetivo da norma, entre outras coisas, é regulamentar a medição dos ambientes internos”, diz. A lista de ambientes com os respectivos níveis de referência cresceu e inclui espaços como museu, biblioteca, central de telefonia, berçário e escritórios. A lista de ambientes ultrapassa as três páginas. A norma também prevê uma fórmula simplificada de cálculo de incerteza, o que não existia na versão de 1987.
Para uma entidade que não chegou a uma década de existência, a participação da ProAcústica como um dos colaboradores na revisão e elaboração de um projeto de norma, representa uma conquista. “Para os usuários o ganho será a melhor compreensão dos níveis sonoros recomendáveis para cada tipo de ambiente e, para a ProAcústica, significa termos uma norma com mais critérios e tecnicamente mais evoluída”, conclui Holtz. Mas a publicação da norma ainda está sem data definida.