Novo Manual da ProAcústica sobre a aplicação da Norma de Desempenho em edifícios habitacionais está disponível gratuitamente
Desconhecimento de como alcançar os índices obrigatórios de conforto acústico da NBR 15575 em edifícios residenciais faz construtores e projetistas aumentarem a procura por informações. O modo de conceber, projetar e construir os empreendimentos deverá mudar completamente.
A ProAcústica acaba de lançar o “Manual ProAcústica sobre a Norma de Desempenho”, um guia prático que trata dos capítulos relacionados à área de acústica da NBR 15575:2013. Com autoria dos engenheiros Davi Akkerman, presidente da ProAcústica, e Juan Frias Pierrard, consultor técnico da entidade, o Manual está disponível gratuitamente no link (acesse aqui) e tem como objetivo orientar os profissionais de construção civil sobre os parâmetros e exigências da norma no campo da acústica.
Segundo Akkerman, com a exigibilidade da Norma de Desempenho e o desconhecimento dos requisitos de acústica pela grande maioria dos construtores e projetistas, vem incrementando a demanda por especialistas em acústica. “Em todo o Brasil, aumentaram os pedidos de avaliações, ensaios de desempenho acústico e simulação de desempenho por meio de softwares, para edifícios em fase de projeto”, destaca o presidente da ProAcústica. Para 2014, a entidade pretende preencher essa lacuna e irá promover diversos cursos a fim de esclarecer os profissionais sobre a Norma de Desempenho e os capítulos de acústica.
Com 31 páginas, a publicação é composta de cinco capítulos que tratam de instalações, equipamentos prediais e sistemas hidrossanitários; sistemas de pisos; sistemas de vedações verticais internas (paredes); sistemas de vedações verticais externas (fachadas) e sistemas de coberturas. De acordo com a engenheira e consultora Maria Angélica Covelo Silva, diretora da NGI Consultoria e Desenvolvimento, autora do prefácio do Manual, o grande desafio para construtores e projetistas é especificar com base no desempenho, e não mais apenas de uma forma genérica. Segundo ela, o modo de conceber, projetar e construir os empreendimentos deverá mudar completamente.
“Para tanto, será preciso um grande esforço integrado da cadeia produtiva da construção no sentido de caracterizar produtos e sistemas. Não adianta apenas ensaiar um bloco de alvenaria, mas sim o sistema de parede, com todos os intervenientes, tais como janelas, portas e os demais componentes, a fim de obter o desempenho acústico real da tipologia adotada. Todos os agentes terão de conversar entre si e a área de engenharia das construtoras deverá atuar em estreito contato com a área de compras e suprimentos, baseando-se na qualificação de fornecedores e ter sua classificação baseada em desempenho. Na especificação, os projetistas terão de banir definitivamente o ‘similar’ e especificar com mais conhecimento. Por sua vez, os fabricantes terão de adquirir a cultura do ensaio a fim de definir níveis de desempenho de seus produtos e sistemas”, destaca.
Segundo Maria Angélica a NBR 15575:2013 resgata agora a questão do desempenho acústico e chama a atenção para a sua importância. “O Manual da ProAcústica esclarece os agentes de especificação, projeto e construção o que fazer para cumprir cada requisito. Cabe agora a todos os envolvidos, efetivamente, incorporarem essa nova cultura às práticas de desenvolvimento de novos empreendimentos residenciais”, ressalta. Maria Angélica acredita que o mercado ainda não está preparado para atender às exigências de acústica por uma razão básica: o desconhecimento de como atingir os requisitos da NBR 15575, sobre como especificar, e sobre o comportamento dos sistemas acústicos utilizados atualmente. Para ela, quase ninguém no mercado sabe como elaborar um projeto para chegar aos níveis de desempenho acústico previstos na NBR 15.575 (mínimo, intermediário e superior).
Link para acesso gratuito ao Manual: ACESSE AQUI